Seguro é um produto, no mínimo, curioso. Muita gente compra, mas ninguém quer usar e, de fato, pouquíssima gente usa, o que garante a altíssima rentabilidade das seguradoras.
É um produto difícil de vender e mais difícil de ser renovado, por isso que as empresas passaram a agregar uma coleção de serviços adicionais, para tentar deixar seus produtos mais atraentes.
Seguro fácil de vender (tirando os obrigatórios) é só seguro de carro, especialmente nos grandes centros urbanos afligidos pela alta criminalidade.
O que não significa que seja fácil de comprar.
No começo do mês venceu o seguro do meu carro. Apesar de ser cliente da mesma seguradora há anos, sempre pesquiso o mercado antes de fechar o negócio.
Pedi cotações para o corretor que me atende, para o meu banco e num site de uma seguradora. O corretor e o banco tinham a informação sobre a data do vencimento do seguro. O site que acessei não pedia essa informação (não me pergunte por que...)
O banco, como é da natureza das estruturas paquidérmicas, me mandou um e-mail pedindo cópias de um monte de documentos. La bureaucratie oblige.
O site coletou meus dados para que um corretor me ligasse em seguida. Meu telefone já está com teias de aranha esperando a ligação.
O corretor, que tem uma empresa caseira minúscula me mandou, em menos de uma hora, uma proposta coms os preços e condições de 8 seguradoras. Liguei para tirar uma dúvida sobre os valores e fechei o negócio.
A diferença entre os três fornecedores é simples. O escritório caseiro tem processos que funcionam. O banco e a seguradora não.
Alguém pode alegar que, para o banco, esse não é um produto prioritário, o que não é verdade, pois os gerentes de conta vivem tentando empurrar seguros. Sobre a seguradora não existem desculpas possíveis.
Muito dinheiro gasto em tecnologia. Muito dinheiro gasto em comunicação. Incapacidade de vender para um cliente que está pronto para comprar.
Por falar em cliente, eu mudei de seguradora e a antiga, de quem eu era cliente há mais de 10 anos, não percebeu. Estão tão preocupados em conquistar novos clientes (a custos altíssimos) que não tem tempo para manter os que já tem.
Em tempos bicudos, de transformações e mudanças, há que espicaçar. Quem pode espicaçar? Todos e cada um que tem um mínimo de discernimento do presente e sabem que à semelhança do que aconteceu com o Titanic, não tem sentido continuar tocando na orquestra (Volney Faustini, parceiro inicial desse blog)
domingo, 28 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Sabe quanto vales?
OK, você venceu...batatas fritas. Todo mundo sabe que um cliente vale mais que um prospect. Quase ninguém trata o cliente melhor que o prospect.
Essa é a lógica dos negócios, fazer exatamente o contrário do que preconizam as boas práticas e esperar que um milagre aconteça.
Por isso não me surpreendi quando, andando pelos corredores de um shopping, vi um cartaz da TIM oferecendo o plano de internet que eu uso a uma preço mais baixo que o que eu pago.
Como iria viajar naquela semana resolvi que, na minha volta, ligaria para cancelar o meu plano e depois compraria um novo. Eu passaria a economizar R$10 por mês e ainda daria de presente para a TIM os custos de atendimento do cancelamento e os custos de uma nova venda.
Sim, sim, eu sei, já me disseram que eu sou um ogro.
Viajei. Voltei. Peguei a correspondência e quase tive uma síncope. Uma mala direta da TIM me informava que meu plano já tinha sido atualizado automaticamente e que, a partir daquele mês, eu já pagaria o valor reduzido.
Concluí que ou eles criaram uma central de atendimento telepática ou, finalmente, contrataram alguém saiba fazer contas.
Para a TIM um cliente já vale, pelo menos, tanto quanto um prospect. Ainda não é o melhor dos mundos, mas já é um gigantesco passo adiante.
Essa é a lógica dos negócios, fazer exatamente o contrário do que preconizam as boas práticas e esperar que um milagre aconteça.
Por isso não me surpreendi quando, andando pelos corredores de um shopping, vi um cartaz da TIM oferecendo o plano de internet que eu uso a uma preço mais baixo que o que eu pago.
Como iria viajar naquela semana resolvi que, na minha volta, ligaria para cancelar o meu plano e depois compraria um novo. Eu passaria a economizar R$10 por mês e ainda daria de presente para a TIM os custos de atendimento do cancelamento e os custos de uma nova venda.
Sim, sim, eu sei, já me disseram que eu sou um ogro.
Viajei. Voltei. Peguei a correspondência e quase tive uma síncope. Uma mala direta da TIM me informava que meu plano já tinha sido atualizado automaticamente e que, a partir daquele mês, eu já pagaria o valor reduzido.
Concluí que ou eles criaram uma central de atendimento telepática ou, finalmente, contrataram alguém saiba fazer contas.
Para a TIM um cliente já vale, pelo menos, tanto quanto um prospect. Ainda não é o melhor dos mundos, mas já é um gigantesco passo adiante.
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