quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Nem perigo, nem oportunidade


Invariavelmente quando se fala em crise, recorre-se ao correspondente ideograma chinês de duplo significado: perigo e oportunidade. Creio que em 2009 veremos esse discurso ser substituído por algo menos milenar e mais de futuro. Desta vez a palavra de contra ordem será Inovação.

Há no bojo dessa bandeira um sentido claro de rompimento. Pode ser o abandono de bases antes defendidas ou o abraçar de algo realmente novo. Romper é o primeiro passo, e deverá ser feito de maneira incondicional. O futuro deve se aliar com o presente (ou vice versa). Deixemos o passado isolado. A inovação é olhar para frente - construir, criar, se superar, enfim tentando mais uma vez, porém de maneira diferente.

Aterrorizados pelo fracasso de um ano ruim, de um emprego na berlinda, de um patrocínio a ser perdido ou de um contrato a ser cancelado – há que se ter disciplina. A imobilidade frente ao perigo só facilita o aumento da adversidade. A fera inimiga pode nos devorar antes do por do sol. É necessário se mover – andar, correr, escalar, mergulhar, dançar, inventar ... qualquer coisa, mesmo que seja maluca. Ou preferencialmente assim.

Acorde mais cedo, intensifique o tempo com qualidade – muita qualidade – frente ao computador e à internet. Quanto mais digital, mais para trás fica o passado e o velho. Blogue, poste, comente, ‘twitte’, leia (e muito) e converse. E conjugue para si todos os verbos a serem criados pelas novas manias que a internet sempre traz.

Para todos nós o sentido de ir em frente é nossa vocação. Assim caminha a humanidade: retrata o progresso. Não existe fórmula mágica. Mas a mágica da fórmula é o otimismo, é a inventividade, é a criação, é a iniciativa, é o inconformismo ... Veja as infinitas portas a se abrirem para o novo. Quantas invenções no passado não nasceram assim? Espere muito mais este ano.

Algo novo e extraordinário acontece a cada segundo. Pequenas implementações, novidades, lançamentos, ajustes, melhorias. Nunca antes tivemos tantas ferramentas a nosso dispor. Por isso temos que estar presentes.

O que você está esperando, então? Mãos à obra, gente!

3 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com você e acho que a palavra chave motivacional é coragem.
Além das medidas práticas sugeridas por você, creio que para os cristãos, em especial, a crise é altamente benéfica. Ela os levará à uma dependência maior de Deus, restaurará a prática da oração e revelará a prosperidade e o materialismo como um alvo fútil, transitório e não fundamental. Muito pregador vai ter que mudar de mensagem. Graças a Deus.

Augusto Coelho disse...

Nosso sapato nçao fica velhoda noite para o dia. Mas, num detrminado momento, vem à tona que precisamos trocá-lo, ele envelheceu. Aí vem a decisão, um novo sapago ou um sapago novo?
Depois que li o post estou certo é de que precisamos de um novo sapato!
Augusto Coelho (afccoelho@gmail.com)

Volney Faustini disse...

Para não ficar lamuriando e chorando, e ser alvo de vendedores de lenços, o caminho da Inovação, além de mais nobre é mais seguro.

O novo tem um 'q' de risco. Mas é preferível partirmos para a troca do que simplesmente remendarmos o velho.

Grato pelas contribuições.