segunda-feira, 1 de julho de 2019

Agora com vocês: fake ads




Segundo o código de defesa do consumidor, publicidade enganosa é aquela que mente sobre produtos ou serviços ou deixa de dar informações básicas ao consumidor, levando-o ao erro. Pode ser encontrada na televisão, no rádio, nos jornais, em revistas, na internet ou qualquer outra mídia.

Nas últimas duas semanas circulou um anúncio, especialmente em mídias sociais populares como Facebook ou Instagram, o anúncio de produtos tecnológicos para que pais pudessem acompanhar mais de perto a vida dos seus filhos.

Eram localizadores em calçados, câmeras de monitoramento e até mesmo um esdrúxulo travesseiro espião para monitorar se o filho tinha dormido ou não. Apelava para a questão de segurança dos seus filhos.

O anúncio informava que esses produtos estariam disponíveis em um stand temporário num shopping center de São Paulo

Como temos na família uma pessoa idosa que já se perdeu mais de uma vez nas ruas da cidade, fomos ver se algo poderia nos ajudar a minimizar esse problema.

Ao chegar no stand fomos informados que nenhum daqueles produtos existia (ou melhor, que apenas um existia, mas ele não estava à venda ali) e que o objetivo era de falar a respeito dos perigos da meningite e quanto a vacina era mais importante que espionar os filhos.

Vacina que obviamente era comercializada para indústria farmacêutica promotora dessa ação de marketing...

Primeiro problema: mais de uma vez a Anvisa já suspendeu ou proibiu propaganda de vacinas. O poder público é responsável pelas campanhas de vacinação.

Segundo: a empresa mentiu descaradamente ao anunciar produtos que não existem e/ou não comercializa

Terceiro: a empresa iludiu pessoas que se deslocaram até o local do stand (talvez algumas vindas de grandes distâncias) com uma falsa promessa.

Eu posso ser um marketeiro careta e, por mais que entenda que promover vacinação e saúde pública sejam coisas importantes, eu não posso fazer isso à custa de mentiras.

Os melhores fins não justificam os piores meios.

Um comentário:

Jayme Serva disse...

Absurdo mesmo!