Segundo o código de defesa
do consumidor, publicidade enganosa é aquela que mente sobre produtos ou
serviços ou deixa de dar informações básicas ao consumidor, levando-o ao erro.
Pode ser encontrada na televisão, no rádio, nos jornais, em revistas, na
internet ou qualquer outra mídia.
Nas últimas duas semanas
circulou um anúncio, especialmente em mídias sociais populares como Facebook ou
Instagram, o anúncio de produtos tecnológicos para que pais pudessem acompanhar
mais de perto a vida dos seus filhos.
Eram localizadores em calçados,
câmeras de monitoramento e até mesmo um esdrúxulo travesseiro espião para monitorar
se o filho tinha dormido ou não. Apelava para a questão de segurança dos seus
filhos.
O anúncio informava que
esses produtos estariam disponíveis em um stand temporário num shopping center
de São Paulo
Como temos na família uma
pessoa idosa que já se perdeu mais de uma vez nas ruas da cidade, fomos ver se
algo poderia nos ajudar a minimizar esse problema.
Ao chegar no stand fomos
informados que nenhum daqueles produtos existia (ou melhor, que apenas um
existia, mas ele não estava à venda ali) e que o objetivo era de falar a respeito
dos perigos da meningite e quanto a vacina era mais importante que espionar os
filhos.
Vacina que obviamente era
comercializada para indústria farmacêutica promotora dessa ação de marketing...
Primeiro problema: mais de
uma vez a Anvisa já suspendeu ou proibiu propaganda de vacinas. O poder público
é responsável pelas campanhas de vacinação.
Segundo: a empresa mentiu
descaradamente ao anunciar produtos que não existem e/ou não comercializa
Terceiro: a empresa iludiu
pessoas que se deslocaram até o local do stand (talvez algumas vindas de
grandes distâncias) com uma falsa promessa.
Eu posso ser um marketeiro
careta e, por mais que entenda que promover vacinação e saúde pública sejam
coisas importantes, eu não posso fazer isso à custa de mentiras.
Os melhores fins não
justificam os piores meios.
Um comentário:
Absurdo mesmo!
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